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segunda-feira, 25 de maio de 2015

Por um ensino sem Fraudes!

Enquanto navegava nas redes sociais, surgiu uma notícia à qual não posso ficar incólume. Segundo a SIC Notícias, mais de metade dos alunos do ensino superior admite copiar nos exames. Notícia grave, séria e carente de reflexão.
No meu ponto de vista, há duas opções políticas a tomar-se: ou a alteração do sistema de exigência nas provas do Ensino Superior ou uma maior vigilância na realização das mesmas.
A vigilância das provas é algo que vem sendo debatida ao longo do tempo como um factor importante para o combate à fraude. Vários modelos se aplicam actualmente, desde a contratação de vigilantes externos, professores de outras unidades curriculares, maior número de professores, entre outras. Não me alongarei neste tema, apenas dizer que cada Unidade de Ensino é livre para escolher o modelo que bem entender, consoante a aplicabilidade e a especificidade das suas avaliações. Já o mesmo não se pode dizer do modelo de avaliação.
É certo e sabido que o actual modelo de avaliação das provas do Ensino Superior (e transversal a todo o Ensino) tem um método do qual discordo bastante. Segundo a generalidade das provas, os alunos são privilegiados nas notas, isto é, obtêm melhores classificações, pela maior capacidade de inclusão de matéria na referida prova. Esta, não raras vezes, é desprovida de qualquer sentido crítico e decorada como lei universal, sendo por vezes necessário que o conteúdo científico contenha também algum juízo de valor, quando aplicável. É certo que disciplinas científicas exactas, como Matemática e Física, dificilmente aceitarão espírito crítico nas suas provas pela sua especificidade. Há, no entanto, muitas outras onde me parece que seja necessário um desenvolvimento intelectual do aluno para além da informação constante nos manuais, nas aulas, etc. Nas áreas ligadas à História, à Filosofia, às Ciências Sociais como um todo, é imprescindível que o aluno possa fazer uma análise do contexto em que a respectiva matéria se enquadra, de onde proveio, que situações futuras gerou ou gerará, entre muitas outras. 
Este tema, necessitará de uma análise mais aprofundada por quem de direito. Não posso, no entanto, deixar de manifestar a minha opinião relativamente a este problema. A fraude é um crime e há que combatê-lo. Por um ensino sem fraudes!

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